Fome do Abandono
Tânia Ailene
Meninos de todas as raças, credos
Natural da rua
Desmedida na cobiça do poder.
Nascem todos iguais
Com mães tendo sonhos
Que o melhor será deles.
Crescem em um consumo desenfreado
Onde o ter vale uma vida.
Descalços, sujos, camas feitas de jornal
Drogados da existência.
Medo estampado no rosto da sociedade
Que ignora ser tão culpada
Quanto os que cercam nossas crianças
Na fome do abandono.
Sem hora para dormir
Escolas feitas para cultura
Educação que não tem quem dê...
Falta família?
O que esperar?
A morte anunciada pelo fuzil amigo
Ou a dopada pela escolha
De um dia ser ou ter
Algo que a mídia impõe...
Pena tenho dos que se calam
Fingem não ver culpa
Em cada sinal, calçada
Ou no esbarrão
Que leva a carteira do cidadão.
Acorda minha gente?
Ainda temos tempo para acabar
Com o flagelo imposto
Aos menos favorecidos.
Ninguém escolhe viver
Sem perspectiva de uma vida...
Tânia Ailene
Rio de Janeiro
Brasil
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Muito obrigado pela visita,foi um prazer imenso recebê-lo(a) no meu cantinho, volte sempre.
Você é uma pessoa muito especial.
Beijos Tânia Ailene